sexta-feira, 17 de julho de 2009
Qosco
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Pra cima deles Huayna!!!
ForÇa de vontade, foi o grande resumo dessa aventura.
Natalenses, comedores de camarao, desportistas de fim de semana e olhe là.
Moradores ao nìvel do mar, num calor da molesta.
Altitude, Frio, Estafa, preparo fìsico, descrédito.
Nada disso nos derrubou.
Nao foi tranquilo... Várias paradas, vàrias… Mas mesmo cansados, deitados na neve, estafados, falas como ¨para cima dele!¨ ¨vamos subir!¨ Eram o nosso apoio, nosso refúgio -sim, muitas vezes pensamos na nossa casa’… Um apoiando o outro…
SuperaÇao, emocao por chegar…. e realmente sentir o frio, sentir a altitude, sentir cada passo dado, sentir cada respiracao… lembramos ainda e sempre de tonito, turismo vivencial…
Levaremos cada experiencia para sempre e as paisagens tiram o folego, mais atè que a altitude, mas o contato com as pessoas è que estamos valorizando por demais nessa viagem e nao è por menos…
Tres comedores de camarao (galados) fizeram o inacreditável... Chegaram os tres juntos a 6088m, chegaram ao cume do Huayna Potosí, uma magnifica montanha da Bolivia. Pois é, nao bastasse eles serem brasileiros, que de 5 chegam 2, potiguares, que vivem em 0º de altitude, eles nao sao alpinistas, nem mesmo praticam algum esporte. Mas com toda forca de vontade, herdada dos indios resistentes dizimados na guerra dos bárbaros, com a energia positiva que as pessoas queridas lhes enviaram, com toda paciencia dos guias que os acompanharam e, acima de tudo, com o apoio que um tinha do outro, eles conseguiram meus amigos... nós conseguimos. Nao foi nada facil, repito, foi inacreditavel.
Foi uma expeiencia demasiadamente emocionante, impossivel conter as lagrimas. Conquistar uma monatanha daquela, contemplar aquele visual divino, sentir o prazer da superaçao é, como diria nosso amigo Joao Neto (Bojao), extraordinário. Fisicamente nao teriamos conseguido, a soroshi que o diga, foi muita concentraçao no objetivo, foi a amizade que nos levou aos céus.
A subida é horrível, cansativa, demorada e muito INGRID, mas chegamos lá! Sensacional!
Tudo comecou com o contrato na agencia Mountain & Jungle, ligada a mesma que fizemos o downhill. Tudo por USD130,00 (bs 910,00), muito em conta pelo que vimos. Marcamos a provacao da roupas e quando chegamos já encontramos nossos guias, Sergio e Sabino, nada mais oportuno... A roupa te deixa um robo, mas imprescindível, como vimos dias depois.
A brincadeira que contratamos foi a de 3 dias: o primeiro só de treinamento, o segundo de subida ao campo alto e o terceiro de subida mermo!
Primeiro dia, acordar cedo, as 7h, tomar um desayuno muito bom, terminar de arrumar a bagagem que ficaria com Titi e partir para a agencia, chegando as 9h20. Fomos direto pro campo base, onde almocamos, muito farto por sinal, e conhecemos um pouco mais do nosso cronograma por estes dias. Otima oportunidade tambem para conversar com os guias e entender melhor essa de ser homem-gelo. Apos o almoco é hora de ir treinar. Ali perto tem uma geleira que serve para isso, roupas no corpo, crampons e piolet, muitas tecnicas para subir gelo, tudo isso em 3h. Já deu pra sentir que nao seria fácil. Regressamos ao acampamento base, cena e dormir.
Segundo dia, acordamos as 8h, desayuno e partimos as 9h30 pro campo alto. Subida da morrana cheia de cascalho, isso com as mochilas lotadas de equipamento, pesada mesmo. 2h30 de subida pela montanha de pedra, coisa que qualquer cholita faz em 50min brincando. Imaginem nossa surpresa... As 12h no campo alto, almocamos, conhecemos alguns franceses que estavam por subir tambem e, claro, brasileiros. Estes nos disseram que ja eram escaladores e que tinham subido a morrana em 45min, e que pra subir o Huayna vomitaram, tiveram dolores de cabeca, a porra toda, fudeu!!! Se caba preparado se fode assim, imagine os atletas aqui. Apreensao define esse momento. Nao deu outra, dormir. Acordados por Sabino, um dos nossos guias, as 18h pra cena, últimos esclarecimentos e dormir novamente.
Terceiro dia, levantamos as 00h, terminamos de arrumar as coisas e fomo pra base de gelo, 10m do campo alto. Lá colocamos os crampones e partimos para a subida mais fuderosa de nossas vidas. Após menos de 2h de caminhada geleira acima, Vitinho: Sergio, chegamos na metade? Sergio: Estamos perto dos 1/4. CARAJO! Nao deu muito tempo, todos os outros grupos nos passam, ficamos por ultimo, hehehe. Subidas e paradas, a montanha nao tinha fim. Exaustos chegamos a metade. Sergio: agora sim chegamos, faltam apenas 500m. Caminhamos como pudemos, muito mesmo. Caminhavamos e paravamos, tres passos e uma parada. Guias pacientes... Vitinho: nao aguento mais, daqui pra frente é só forca de vontade. Helinho: faltam só 300m, daqui ninguem volta! Vitinho: blz, mas vc ta vendo estrelas no gelo? Helinho: eu to vendo desde lá embaixo... Os guias optaram pela subida La Pala Grande (ninguem fez essa, só nós comedores de camarao aqui) uma escalada fuderosa, mas rápida, já que o sol já nascia. Sergio foi abrindo caminho onde nao havia, o gelo quebrou umas 4 vezes. Joao disparou na frente com Sergio e quando encontravamos na metade do caminho, todas as aquipes ja voltavam pro campo alto, e passando pela La Pala Grande ascenavam: Go brasileños, go!!! Foi a estiga que precisavamos, emocionante. Entao por volta das 7h30, CONQUISTAMOS! O Huayna era nosso!!! Partilhado com todos voces! Precisa de descricao nao...
Gratos a todos que torceram, a quem colocou areia tbm, podem acreditar, isso tambèm ajudou…
Gratos a Sabino, Sèrgio que vivenciaram isso com a gente e com certeza tiveram grande responsabilidade nessa subida.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
A descida da morte
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Re encontros
Primeiro visitamos um cemitério de trens, de cara me senti em Surubim... todos os meios de transportes são as toyota de lá... sensacional... E já o primeiro cenário de tirar o fôlego: montanhas, pico gelado, vagões enferrujados e um monte de gente –turista- caminhando no cemitério, interessante esse contraste.
Partimos para o deserto, 12 mil Km quadrados de sal.
Chão Rachado, mais um encontro com o nordeste e tirando fotos inusitadas com o fundo branco, também nos encontramos com Macau.
Um mar de sal rodeado de montanhas, não chegava a ser picos do cabugi, mas de longe, bem de longe, queríamos nos reconhecer.
Mas o mais impressionante desse dia foi a isla de pescado, um agrupamento de corais de onde nasciam cactos enormes isso tudo rodeado por um mar de sal. A subida na ilha foi tranqüila após várias paradas para se abestalhar com a vista e com a própria isla... Imaginar aquilo tudo – um deserto- coberto dágua é difícil.
Um lugar místico com certeza. Mais próx. de Deus foi o que senti, num sei se pela beleza, pelo o ambiente, enfim... essas coisas não se explicam. Ao chegar ao fim da subida na ilha, encontramos um altar a pacha mama com várias oferendas, seja qual for a crença, é cativado pela mística do local.
Deixamos dois reais com o nome de cada um... quando forem podem procurar nossa oferenda e deixem a sua.
O nosso almoço foi algo bem regional... Carne de Llama – parecido com bisteca, só a forma, pq o gosto naum conseguir relacionar com nada. Um arrozinho hehehe... quinoa.
E papa frita... mto bom.
Nesse dia fomos para o nosso refugio, o sol que castigava feito nossa cidade desceu e o frio subiu, -15, no nosso refugio, a caverna de sal... um círculo de quartos fazia volta numa espécie de sala, onde tinha uma calefação bem caseira, mas era o lugar mais habitado da caverna.
Muito chá e sopa para agüentar ao som de musicas da terra, até a nossa lambada: “chorando se foi/ quem um dia só me fez chorar” hehehe risadas para aguentar o frio, companhia perfeita... Obrigado Amigos.
Bem foi tudo mto intenso, mto frio tbm... teve outros dias, só o deslocamento de uma paisagem a outra era incriível, lagunas, cordilheira, no segundo dia, antes de durmir, tive uma dor de cabeca, pelo frio e altitude, mas fui bem cuidado pelos companheiros que a cada sinal de melhora vibravam e pelo casal guia tbm que fizeram um chá salvador de coca...
E claro a trilha sonora, Caetan Castro e Carlos Ribas... Mto boas... mostramos trio pouca chinfra, um samba de pernambuco...
Acabamos numas termas, frio da porra, mas dentro da água, mto relaxante... e a paisagem linda também, quase não entramos, pelo frio, mas foi uma ótima forma de finalizar nossa estadia no deserto.
Abracos e Está tudo bem, tranquilo demais, altitude e frio estamos tirando de letra aqui em la paz...
SAUDADES.
FOI DO COROICO
A paisagem eh estonteante. Um cenario que te deixa pequenininho tamanha a grandiosidade da obra. Grande somente como a descida.
Comecou as 7h. Chegamos na agencia, a Xtreme DownHill (recomendamos), entramos na van e la vamos nos, para alem de La Paz. Os 4 que vcs ja bem conhecem e mais 3 Mineiros que conhecemos no Salar e um Frances que apareceu lah na hora.
Na estrada, caminho ao "Cumbre" muito gelo. Ainda frio, nao se imaginava a adrenalina que ia esquentar geral. Aparece nosso café da manha. O bom e velho paozinho com manteiga e um leite com toddy ou chá de coca.
Equipamo-nos e o guia nos da as primeiras Instrucoes, leia-se, o que fazer se vier um onibus ou caminhao, por onde andar, os sinais para diminuir a velocidade ou parar… etc.
Bicicletinha pronta, simbora descer. Pense a estradinha de downhill assim: A BR-101 sem a duplicacao, e o acostamento com 1 metro. Alem disso eh penhasco. A primeira parte eh no asfaltinho. Blz de creuza, ja a segunda parte… como nos disse o guia, eh mais perigosinha heheheheh.
Cascalho, brita, pedra, chame do que quiser, o resto era areia e o infinito do penhasco. E assim descemos a estrada da morte. Nao pq morrem ciclistas lah… CALMA A TODOS OS PAIS E NAMORADAS, ehehehehe, mas sim pq antigamente quando por lah passavam onibus, aconteciam muitos acidentes.
Vimos inclusive os rastros da queda de dois onibus que cairam precipicio abaixo no mesmo dia, anos atras. No inicio do cascalhao uma nevoa e nuvens logo acima de onde estavamos era de realmente cair o queixo de tanta beleza.
No meio de tudo, mais uma aula de cidadania. Nosso Guia falando da luta dos que defendiam a causa do povo e que foram assassinados jogados de lah do downhill.
Mais no final, a roda frontal de um dos Amigos Mineiros se soltou. Sorte dele o capacete fechado e que era uma reta. Primeiramente pq do contrario ele teria perdido alguns bons dentes, e em segundo lugar pq se fosse curva, dentes seriam o de menos hehehehhe.
Ao final de tudo isso, chegado em Coroico (e quem foi o primeiro a chegar???) (depois do Guia claro, este que vos escreve ehehehehe), quase 2000m abaixo de onde partimos, tomamos uma cervejinha merecida após 4 horas de descida na adrenalina.
Um banho de piscina Gelado e um bom almocinho… prenuncio do retorno a La Paz. Todos Dormindo. Exhaustos. Mas é isso. O sono dos Sobreviventes ao Downhill.
Como eu iniciei termino, Nao recomendo a ninguem. Mas quem se arrochar pra ir, agora pode fazer ideia de onde esta se metendo.
aih as fotos. Ah, nas que mostram a paisagem, a listrinha branquinha e tenue ao longe eh a nossa estradinha pra bike, sentiu a pressao?
Para cima deles Huayna, para baixo deles Downhill!